Aeroporto Santos Dumont terá voos apenas para congonhas (SP) e vitória (ES) em 2024

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, assinou uma portaria que formaliza a migração de voos do Aeroporto Santos Dumont (SDU) para o do Galeão, ambos no Rio de Janeiro, a partir de janeiro de 2024. Voos com origem ou destino ao SDU serão restritos a um perímetro de 400 quilômetros, exceto aeroportos internacionais. Na prática, isso significa que apenas as rotas para Congonhas (SP) e Vitória (ES) serão mantidas.

A restrição dos voos foi tomada em conjunto pelo governo do Estado e a prefeitura do Rio. A medida tenta reverter a situação de esvaziamento do Galeão, que atualmente, opera com 20% da sua capacidade. “Quero agradecer ao nosso ministro da AGU, Jorge Messias, que encontrou esse formato jurídico para dar lastro a essa decisão para que a gente possa voltar a ter no Galeão muitos voos e muitos passageiros e acima de tudo volte a ter o Galeão como o maior aeroporto do Brasil, que já é o maior terminal físico do país. O Eduardo insistiu com essa ideia, vamos fazer tudo para trabalharmos em conjunto”, ressaltou o ministro de Portos e Aeroportos, Marcio França.

O Aeroporto Santos Dumont terá também a sua capacidade operacional reduzida já a partir de outubro. Cada companhia aérea terá que diminuir entre 30% a 50% a oferta de voos. O objetivo é que o SDU opere com capacidade máxima de 10 milhões de passageiros por ano.

“Eu também prefiro voar no Santos Dumont. Aquela vista linda, Pão de Açúcar, Baía de Guanabara, um charme aquele aeroporto, mas uma cidade como o Rio sem um aeroporto internacional é uma cidade fadada a se transformar num balneário charmoso. Porque junto do passageiro que quer nos visitar, vem um executivo para fechar negócios. Um voo internacional só chega onde tem voo doméstico. Minha briga não é com o Santos Dumont ou com Galeão, e sim para equilibrar um jogo que só fez mal ao Rio de Janeiro. Sabemos que a pressão é muito grande, mas o governo, uma vez mais, enfrentou isso”, afirmou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil