Em muitas cidades do Brasil o Carnaval foi adiado ou cancelado, mas o feriado permanece. E mais de 60% dos brasileiros já se manifestaram em pesquisas dizendo que sentem mais vontade agora do que nunca de viajar para o exterior. Sem folia e cumprindo as exigências necessárias dos países abertos para o turismo, esse pode ser o momento ideal. Mas será que todos lembram, depois desse longo período de abstinência de viagens, as consequências de passar muitas horas dentro do avião?

O corpo fica inchado, as pernas doem – especialmente na região do joelho e tornozelo – e é preciso alguns dias para se recuperar da fadiga causada pela mudança de fuso horário. A cada hora de diferença, o organismo necessita de cerca de um dia para se adaptar.

“Vários fatores causam o inchaço dentro do avião, entre eles a umidade do ar, a temperatura, o metabolismo e o nível de oxigenação fornecido ao organismo. Devido à baixa umidade e temperatura nas aeronaves, o aporte sanguíneo é direcionado para as regiões centrais do organismo, ou seja, o tronco, a fim de fornecer maior suporte de oxigênio aos órgãos essenciais, como o coração. Dessa forma, o metabolismo corporal diminui e, consequentemente, os braços e pernas acabam retendo mais líquidos e ficando mais inchados, dada a diminuição sanguínea direcionada a essas regiões”, explica Rebecca Faria, terapeuta licenciada em drenagem linfática nos Estados Unidos, mestre em Estética Corporal e especialista em Medicina Oriental.

“Somado às razões ambientais, o fato de as pessoas passarem horas sentadas no avião corrobora para a dificuldade do retorno circulatório, de modo que o sangue fica acumulado na região das coxas e pernas. Assim, o indivíduo pode apresentar, além do inchaço, menor aporte de oxigênio, devido à diminuição de oferta desse gás aos tecidos do organismo”, complementa a especialista.

Segundo Rebecca Faria, ativar os gânglios também é outra forma de minimizar o problema. Ela explica como: “Abra as mãos e, delicadamente, massageie a região da virilha por três vezes. O mesmo pode ser feito atrás dos joelhos, também repetindo o movimento três vezes. Isso contribui para a ativação dos gânglios localizados nessas regiões, colaborando para a melhor circulação do líquido acumulado”.

Em relação às pernas, a especialista recomenda mantê-las para cima quando possível e massageá-las com o hidratante de sua preferência, ou, também, óleos essenciais. “É importante que esse movimento seja realizado no sentido ascendente, de modo a incentivar e facilitar a circulação sanguínea”, ressalta. Caso o inchaço persista, Rebecca Faria orienta procurar um massoterapeuta após a viagem.

Dicas para evitar o inchaço:
Beber bastante líquido;
Usar meias de compressão;
Caminhar com regularidade dentro do avião são alguns truques.